Archive for the ‘Uncategorized’ Category

Hoje resolvi escrever de novo no meu blog só para recordar.

Curiosidades da África do Sul

Posted: February 27, 2008 in Uncategorized

Agora que estou deixando Johannesburg e a África do Sul, quero registrar algumas curiosidades deste país: 

  • Gastronomia : Come-se muito trash food. Há muito mais lugares vendendo batatas fritas e hambúrgueres que restaurantes. A comida é, para mim, apimentada. A papa de farinha de milho acompanha todo prato africano (é como se fosse nosso arroz). Mas muito mais sem graça. Mas não foi um assunto que explorei tanto quanto deveria…minha experiência se restringiu ao restaurante Moyo (vale a visita) excelente espaço, comida, ambiente…mas também muito caro) e os almoços no restaurante dentro do Absa. O café é água suja. São ótimas marcas mas coados com muita água…quase não dava para colocar leite. 
  • O Poder, a cidade e o povo : O país fez a sua revolução. Já estão no segundo presidente negro (Mandela e Mbeki) mas o país ainda é dominado por brancos. Os negros são 75% da população mas estão relegados a atividades menos nobres. Os indianos são presença constante aqui e tem uma posição melhor que a dos negros e pior que os brancos. Os brancos dominam economicamente o país. Vivem em Sandton e arredores e nunca vão para o centro da cidade ou a parte sul. São lugares onde a criminalidade é muito mais alta (Soweto fica no extremo Sul, Sandton no Norte). Existem escolas públicas, semi publicas e privadas. Conheci uma escola semi pública e fiquei bastante impressionado. Era uma escola praticamente exclusiva para brancos (além da questão financeira, ensinavam em Afrikans – língua dos brancos na época do Apertheid)
  • Casa : O fogão é elétrico (ahh…a energia aqui vem toda do carvão e eles estão com problemas graves de apagão…e isso afeta a todos. Estão tentando resolver até a Copa. A mobilização é geral) e sempre existem duas torneiras nas pias…quente e fria. O que é ótimo. As tomadas de parede tem interruptor. Ou seja, não basta ligar o seu aparelho na tomada…se vc não liga o interruptor não adianta nada. Interessante. Aliás, o bocal é diferente de tudo que já tinha visto, o que me obrigou a comprar um adapatador. 
  • Carros: A frota dos carros aqui é de dar muita inveja. Acho que eu queria ter 90% dos carros que circulam pela cidade. É Mercedes, BMW, Hammer, Lamborguines, Ferrari e Toyotas…muitas toyotas…enfim, Polo aqui é carro popular.  Mesmo os negros aqui andam de BMW, Mercedes e outros carros conversíveis ( muito comum aqui… no Brasil neguinho seria assaltado no primeiro sinal fechado). Quem tem um emprego estável aqui pode ter um…os juros são baixos e a longas prestações. Carro aqui é sinal de status, é sinal de que vc tem um bom emprego.  
  • Transporte Público e Vias Coitados: Não há metro (construirão para a Copa). Não há ônibus. Não há trens metropolitanos. Os pobres tem que se virar com as Vans..que são tão irresponsáveis e irregulares tanto quanto no inicio das Vans no Brasil. Uma verdadeira terra sem lei. E as Vans não tem regularidade de horário, trajeto ou mesmo dias de circulação. O transito é bastante complicado em algumas regiões (nada que assuste um carioca que vive em São Paulo). As ruas tem boa pavimentação mas são pessimamente sinalizadas. Não tem placa para lugar nenhum…mas sinal tem um monte. Vão ter muito trabalho até a Copa do Mundo.
  • Clima : Fez bastante sol. Vi apenas um dia de chuva. O clima é muito seco. Quem quiser vir, traga manteiga de cacau e creme hidratante. Não tinha nenhum dos dois e meus lábios ficaram constantemente machucados.

A hospitalidade moçambicana

Posted: February 27, 2008 in Uncategorized

Chegamos na casa do Tomas quase as tres da manhã. O apartamento era bem simples, eu diria que era padrão de classe média baixa no Brasil. Mas o que importa é que a esposa tinha deixado jantar e a mesa pronta para a gente, toalhas de banho separada e lençóis limpos. Havia um quarto e 2 sofás a disposição. Não precisava de mais nada. Dormimos os 3 machos na sala (nos arrumamos com os sofás e as almofadas) e a Teresa ficou com o quarto.    Quando acordamos a esposa dele já tinha preparado batatas coradas, lingüiça e ovos mexidos. Tinha ainda pão, cream cheese e suco de maçã. Era o nosso café da manhã (pequeno almoço para os portugueses, angolanos, moçambicanos, etc). Tipicamente uma família disposta a fazer o que fosse preciso para nos receber bem. O Tomás nos levou para conhecer a cidade. A praia era meio suja e não tinha quase ninguém. A cidade de um modo geral é bem antiga (com prédios da década de 70 e péssimo estado de conservação). Mas era bastante organizada e limpa no centro da cidade (tinha lixo para ser recolhido em toda a cidade, mas não era nada tão degradante).   Fomos almoçar no Mercado do Peixe. Fomos recebidos como ídolos do rock. Vieram uns 10 em nossa direção, sedentos pelo nosso dinheiro. O mercado do peixe é uma grande feira de pescados. Você compra o peixe cru e os camarões e leva para os restaurantes que ficam atrás do mercado. No restaurante eles preparam e incluem os acompanhamentos (uma papa de farinha de milho que não lembro o nome, salada e batata frita)… uma delícia…Excelente almoço. Grande experiência.Fomos ver o Por do Sol e o inicio da noite em um quioque na beira da praia. Esse é o programa de todo cidadão de Maputo. A lua estava linda e ainda encontramos 2 amigos do Gustavo de Portugal. Ficamos bebendo até as 9 horas. A noite ainda encontamos pique para ir para o Coconut, uma baladinha meio trash  (com concurso de sambista, mascaradas, carinhas vestindo gravata com camiseta e outras roupas muito trash). Tocava Samba, Rap, música de balada e outras músicas de ritmos africanos. Foi impossível não se divertir.  O povo moçambicano é muito simpático. Existem aqueles que o são, pois esperam uma gorjeta, mas há também uma bondade natural. Estão sempre prontos a retribuir um sorriso ou nos dar uma direção. Ainda existe uma relação muito forte com a revolução de Independência (1974). A lembrança de Samoro Machel (herói da revolução) e falecido em um acidente aéreo ainda é muito presente. Diferente do Brasil, a independência aqui foi conquistada pelos negros pobres contra a elite branca (portugueses). Foi aí que a cidade mudou de nome de Lourenço Marques para Maputo (os portugueses antigos que moram na África do Sul ainda chamam de Lourenço Marques). Ainda como colônia, os negros podiam frequentar  as escolas e também as universidades. Embora em pequeno número, foi o acesso a educação que permitiu aos moçambicanos perceberem o natural direito a liberdade. A independência foi conseqüência desse processo. Os portugueses acreditam que a cidade está abandonada e que era muito mais bela e limpa na época de Portugal. Muitos deles fugiram para Portugal e África do Sul após perderem tudo na guerra. As construções ainda são daquela época (para eles, uma prova cabal de que o país estava melhor como colônia portuguesa). A fome e a mendicância ainda estão presentes em todo lugar. Camelôs e segurança de prédios e condomínios (com uniformes semelhantes ao  dos militares, apesar do calor) me pareceram as principais atividades para os negros. Aliás, tem que pechinchar. O preço sempre começa lá em cima.   Foi um dia muito show. Fomos dormir convencidos que tinha sido uma ótima escolha vir a Maputo. Acordamos no domingo e voltamos felizes para Jo’burg.

Um branco em Soweto?????

Posted: February 25, 2008 in Uncategorized

pict0041.jpg

pict0052.jpgpict0056.jpgpict0059.jpg

pict0102.jpgpict0106.jpg

Escritório da Accenture